Trechos de ensaio sobre a cegueira

Quero Deus, quero a poesia, quero o perigo autêntico, quero a liberdade, quero a bondade, quero o pecado. Admirável Mundo Novo – Aldous Huxley De agora em diante eu gostaria de me defender assié porque eu quero. Ensaio sobre a cegueira ( trecho ). Com todo o conhecimento acumulado pelo ser humano disponível hoje na rede mundial, estamos cada vez menos inteligentes. Tudo virou acúmulo de informação e ninguém pensa sobre ela, só a detém, mas não sabe o que fazer com ela. José Saramago nos dá, aqui, uma imagem aterradora e comovente de tempos sombrios, à beira de um novo milênio, impondo-se à companhia dos maiores visionários modernos, como Franz Kafka e Elias Canetti.

Trechos de ensaio sobre a cegueira

A audiodescrição é um recurso de acessibilidade cuja finalidade é preencher determinados vazios sonoros em que há preponderância da imagem. Mas a cegueira não é assim, disse o outro, a cegueira dizem que é negra. O mal da rapariga dos óculos escuros não era de gravidade, tinha apenas uma conjuntivite das mais simples, que o tópico ligeiramente recomendado pelo médico iria resolver em poucos dias.

Chegara mesmo ao ponto de pensar que a escuridão em que os cegos viviam não era, afinal, senão a simples ausência da luz, que o que chamamos cegueira era algo que se limitava a cobrir a aparência dos seres e das coisas, deixando-os intactos por trás do seu véu negro. Apesar de Mccarthy mostrar personagens em situações desesperadoras e desumanas, ele sabe valorizar o heroísmo inerente à alma humana, e mostrar que mesmo onde não existe mais esperança, nunca deveríamos desistir. A obra narra a história da epidemia de cegueira branca que se espalha por uma cidade, causando um grande colapso na vida das pessoas e abalando as estruturas sociais. Era manhã, tinham trazido com grande.

Uma inédita e inexplicável epidemia de cegueira atinge uma cidade. Chamada de cegueira branca, já que as pessoas atingidas apenas passam a ver uma superfície leitosa, a doença surge inicialmente em um homem no trânsito e, pouco a pouco, se espalha pelo país. Foto: Divulgação) ENSAIO. O filme de hoje é baseado no livro de mesmo nome do mais que maravilhoso José Saramago.

De cara já avisei sobre possíveis spoilers. Sim, sei que é chato e não gosto de fazer isso mas, acredite em mim, nada do que eu disser vai tirar de você a surpresa de assistir ao filme e vivenciar a experiência por si mesmo. Imóvel, espero que toda a água se banhe de azul e que as aves digam nos ramos por que são altos os choupos e rumorosas as suas folhas. Então, corpo de barco e de rio na dimensão do homem, sigo adiante para o fulvo remanso que as espadas verticais circundam.

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Aí, três palmos enterrarei a minha vara. Numa manhã de votação que parecia como todas as outras, na capital de um país imaginário, verifica-se uma opção radical pelo voto em branco. Resguardados em quarentena, os cegos se perceberão reduzidos à essência humana, numa verdadeira viagem às trevas. Desde então, o filme me trouxe tantos questionamentos que me sinto compelido a escrever a respeito, tanto que cheguei a comentar que o faria lá no Vida Ordinária. A obra do escritor português seria uma espécie de versão às avessas da narrativa do filósofo grego.

Já nessa altura, recordo-me, foi um livro que não me deixou indiferente e que viria a abrir caminho para a descoberta de outras obras de José Saramago. Desta forma o diretor Fernando Meirelles foi até Lisboa para lhe mostrar o. Não que os capixabas conheçam a obra de José Saramago e tenham nela se inspirado para compor o quadro de horror a que assistimos. Um homem normal, dentro de um carro normal, com uma vida normal é acometido por uma cegueira anormal. O romance começa em um cenário normal.

Senti a mesma sensação no término dessa leitura de quando leio um dos meus textos favoritos de Maquiavel: O Príncipe. Ali está o homem, desnudo de suas imagens e passivo de culpa e inocência, pois a falta de olhos para ver remete à fragilidade do pecado cometido por ignorância. Sendo esse o maior impasse, os cegos precisam lutar para sobreviver, sendo por procurar alimento, moradia, entre outros.

Ela vai para um abrigo com seu marido cego e encontra todos vivendo em condições precárias. O vencedor do Prêmio Nobel de Literatura, JOSÉ SARAMAGO, e o aclamado diretor FERNANDO MEIRELES ( O Jardineiro Fiel, Cidade de Deus) nos trazem a comovente história sobre a humanidade em meio à epidemia de uma misteriosa cegueira. Revela traços da sociedade portuguesa contemporânea, vislumbrando a maneira como as pessoas vivem através de suas descrições das casas, dos utensílios, das roupas. Hoje trago uma resenha de um livro um tanto chocante. Uma amiga me emprestou há um tempo atrás, e eu já estava querendo resenhá-lo desde que o li.

Trechos de ensaio sobre a cegueira

Compare preços e economize! Chamada de cegueira branca já que as pessoas atingidas apenas passam a ver uma superfície leitosa, a doença surge inicialmente em um homem no trânsito e, pouco a pouco, se espalha pelo país. Mas trata-se de uma cegueira branca, leitosa, que torna o mundo de quem vê um pouco turvo. Diferente do cego tradicional que vê tudo negro, escuro.

O autor ressalta a cegueira em diversas partes do livro. Tal cegueira também é visível no filme. Um parênteses: o filme dirigido pelo Meirelles foi ótimo.

Chamada de “ cegueira branca”, já que as pessoas atingidas apenas passam a ver uma superfície leitosa, a doença surge inicialmente em um homem no trânsito e, pouco a pouco, se espalha pelo país. Nele, José Saramago retrata a cegueira completa da humanidade, menos a de uma pessoa, a única com o dom da visão, que consegue captar tudo que está acontecendo, todos os problemas do mundo e das pessoas mas que, no final de tudo, sente-se amaldiçoada por somente ela ser.